quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sobre a insignificância.

Depois de passar 20 dias sem celular, criei em mim mesma uma ilusão de com ele eu me sentiria menos sozinha.
Mas nem todas as mensagens do whatsapp ou notificações de aplicativos diversos preenchem o vazio desse apartamento quando o sol se põe.
Você sente como se precisasse falar com alguém e até pensa em algumas pessoas específicas, mas no fundo sabe que ou elas não se importam ou não saberiam dizer a coisa certa. Então você olha pela janela, acende um cigarro talvez, e espera uma chuva que não quer cair. Basicamente, espera, espera algo que não se sabe muito bem o que, mas espera que quando ele chegar, a espera termine e o vazio do apartamento escuro (não há necessidades de luzes se só está você aqui) se preencha desse algo.
Mal sabemos, ou talvez simplesmente não ousamos admitir que esse vazio não está fora, vem de dentro, onde algo grita bem alto "ninguém se importa" e mais uma vez você pensa em um cigarro, para tentar, em vão, silenciar a voz.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Escrita livre: Limpando a mente.

Perdoando Deus, é isso que tenho feito, esse conto fala tanto sobre mim que nem sei como não tem meu nome.
É engraçado, eu me fundo as pessoas das quais eu gosto. Aos poucos vou gostando do que elas gostam e falando como elas, rindo como elas... Se isso é saudável? Acho que não. Mas não sei, só sei que sou assim
Eu preciso parar de gostar de ficar triste.
Mas a tristeza me inspira.
É isso.
O que posso fazer?
Sem você. Sem Ninguém.
Eu não devia ouvir Fresno escrevendo. Isso me deixa muito emocional. Como se eu conseguisse não ser emocional. Não há paz.
Não ha paz. Não há.
Estranho como tudo volta pra ele.
Ele consome minhas energias.
Eu devia larga-lo.
Mas foi tão ruim  da última vez. Como vou aguentar aquilo de novo.
Eu mudei, eu sei, tenho mais pessoas que entendem essa situação do meu lado.
Mas é como cair de precipício.
Toda vez que penso nisso. Nenhuma coisa na minha vida é certeza como ele é.
Nenhuma
É triste.
Mas é verdade.
Eu sei que isso é problemático. Eu sei. Eu talvez devesse procurar um psiquiatra.
Eu imagino ele lendo isso, pensando em como sou dramática.
Ele entende? Talvez.
Ele não entende como será difícil deixa-lo.
Ele acha que eu me viro bem sem ele.
Mas não é bem assim.
Nunca é.

Estou com medo.
Medo de acabar e não achar alguém que preencha esse lugar que ele deixará na minha vida.
Ele me faz mal as vezes, mas me faz bem como ninguém.
Como lidar com tudo isso?
Onde acho um manual de instruções para vida? Cansei de ir por ai atrás de respostas. Elas existem? Não sei. Não sei de nada.
O que fazer com toda essas ideias que não sei colocar na prática e todo esse sentimento e todo esse desespero?
Não sei não sei não sei não sei não sei
nem escreve-los eu sei.

Oh Deus, por que me abandonaste?
Por que? Se sabia que eu não era Deus,
O homem atrás do óculos e dos bigodes
Drummond Drummond
Poesia é foda.
As vezes diz tudo, as vezes diz menos do que eu queria que dissesse.
Eu fui pra Minas. E Minas ainda há.
Fiquei aliviada.
A estrada é boa. Eu viveria nela. Quando estamos lá nada importa.
Eu viveria e morreria na BR 341
Eu não sei se é esse número certo. Mas estamos aí.


quero coisas que eu não sei o nome
não quero coisas que não sei como pronunciar
como lidar com todo esse querer
como? como?
NÃO SEI
NÃO SEI
NÃO SEI

(mais sobre escrita livre no link)

Do abandono.

Faz mais de um ano que não escrevo aqui.
E isso porque havia prometido escrever mais esse ano, na verdade, o plano era criar outro blog, um "mais sério". Mas como todos os planos de ano novo, fui deixando para o próximo mês e o próximo mês já é 2015.
Já estão imaginando que esse é o post que eu vou resumir o ano pra vocês né?
Não sei se é isso, mas deve ser.

Essa semana, depois da aula, fiquei conversando com alguns amigos do cursinho, especialmente com uma garota quase da minha idade e que passamos por uma situação parecida de entrar em uma faculdade muito nova e acabar saindo para prestar outra mais tarde. Falamos sobre como a falta de maturidade influenciou nossa escolha errada e também a falta de encaixe no ambiente acadêmico e principalmente, como dos 18 aos 20 sofremos tantas mudanças. Me sinto uma pessoa totalmente diferente de há dois anos atrás, tanta coisa aconteceu, tantas pessoas e tantos aprendizados, foram como se houvesse passado dez anos rápidos demais.

E ando nostálgica, ouvindo músicas que ouvia há 5 anos atrás, sinto falta eu acho, de ser adolescente e não sentir todo esse cansaço. Acho que eu sentia cansaço naquela época também, mas eu tinha um certeza que com os anos ia melhorar "ah, quando eu fizer 18" eu dizia, mas nada aconteceu, uma vida inteira que era pra ser não foi, essa frase me martela. E eu tento mudar, tento fazer as coisas, mas elas fogem, vão atrás de pessoas com mais ânimo, eu acho.
Mas há as pessoas e algumas me fazem continuar, algumas não, outras apenas quando estamos bem. E nossa, como sou influenciável, nada vai bem quando algo não vai bem com alguém e doí, doí mesmo. Porque sinto as coisas passando e eu não conseguindo pegar por estar muito ocupada com coisas que eu não deveria estar.
Eu deixo tudo de lado.
Eu me animo por dez segundos e algo acontece e já era.
Eu nem sei mais o que estou escrevendo, eu só queria conseguir falar sobre tudo que eu estou sentindo, mas são tantas coisas na cabeça e tão poucos cigarros pra acalma-las.

Esse texto era pra ser sobre 2014, mas acabou sendo sobre como eu estou me sentindo nesse final de ano e sobre como as coisas mudam, mas nem tanto assim.
E é isso.
A vida gira e sempre bota tudo no lugar (no mesmo, as vezes).

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sorô.



Já tô passando pelos momentos de reflexão e gratidão de fim de ano. Semana passada escrevi um texto com várias reflexões sobre esse ano meio, meio, meio.... sei lá que foi 2013.
Foi também um tanto quanto negativo com ele, então resolvi me voltar para a gratidão que sinto por esse ano, pois ele também me trouxe coisa boa.
Foi nesse ano que eu aprendi o que significa sororidade, no sentido teórico e prático.
E devo isso, primeiramente a Bruna Alvaquenga <3, que depois de muito tempo sem me ver ressurgiu na minha vida trazendo coisas infindáveis pra somar, inclusive água da fonte da juventude (rolê contigo fez com que eu me sentisse jovem de novo! rs), receita de batata no forno e especialmente as outras pessoas que me apresentaram esse mundo novo e maravilhoso chamado feminismo que eu nunca tinha me aprofundado tanto a ponto de senti-lo como um amor entre todas as irmãs.
Obrigada Laí por ser um exemplo de militante que se entrega a causa com uma paixão tão linda e quente que contagia, você é a luz daquele detran, e o canto daquele detran é seu! (do detran e do mundo, gata!)
E obrigada Thay por ser essa garota maluca e linda e diva e fada e bruxa, que me passa uma força que mostra que a gente pode tudo, até combinar bolsa com sapato. rs

Gratidão meu bonde! Esse ano de 2013 aprendi o que é sororidade e foi graças a vocês <3

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Two Fingers


Para escutar enquanto lê:




Eu acredito que a noite do dia 31/12 para 01/01 é uma noite mágica, que determina o tom que terá o restante do ano. E não é uma dedução qualquer, é empírica. Todo ano em que aconteceu algo ruim na minha noite de Réveillon, foi um ano que eu não pude chamar de bom.
Esse ano foi assim, logo na primeira madrugada do ano teve muita briga e coisas ruins e até o inicio de setembro minha vida também foi assim, repleta de brigas e coisas ruins.
Quero tentar não falar muito sobre esses primeiros nove meses do ano para não parecer que estou dramatizando, mas o básico é que me envolvi com uma pessoa para tentar esquecer outra e me prendi a essa pessoa de um jeito meio doentio que juntando com o caráter dessa pessoa se transformou em uma relação totalmente abusiva e que me sugou e me isolou.
Eu consegui me libertar, depois de muitas tentativas e medos, afinal, meu maior medo sempre foi ficar sozinha e era nisso que ele sempre insistiu para me fazer ficar ao seu lado.
 E o mês da independência do Brasil foi o a da minha também, larguei o babaca, voltei a falar com os meus amigos, a sair, a receber gente em casa, a passar maquiagem, a usar vestido... Fui viajar, fui reencontrar meu verdadeiro amor, fui conhecer gente nova que eu quero que fique pra sempre na minha vida, fui viajar de novo e aqui estou eu, voltando a escrever algo não depressivo no meu blog.
Essa música resume bem o que eu senti nesse "final" de 2013:

So I kiss goodbye to every little ounce of pain        
Então eu dou um beijo de adeus a cada pequena dor

Light a cigarette and wish the world away                  
Acendo um cigarro e desejo o mundo distante

I got out I got out out alive and I'm here to stay         
Eu saí, eu saí, estou vivo e estou aqui pra ficar

So I hold two fingers up to yesterday                        
Então eu segurei dois dedos para o ontem

Light a cigarette and smoke it all away                      
Acendi um cigarro e fumei tudo para fora

I got out I got out out alive and I'm here to stay         
Eu saí, eu saí, estou vivo e estou aqui pra ficar


Eu mandei um beijo de adeus para toda dor, fumei as coisas ruins pra fora e havia saído da minha vida, mas agora estou viva e estou aqui para ficar.

E que venha 2014, que eu espero que esteja mais pra uma música do Forfun:

"Hoje eu vou ver a vida, viver grandes amores
Mosaicos, malabares, perfumes, sabores
Saltar das cachoeiras, vestir um pano liso
Viver com o necessário e não mais que o preciso"




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Escriviendos confusos.

Minha mão anda coçando para escrever.
Mas a minha cabeça só tá coçando, naquele sentido de preguiça mesmo.
É dureza.
Tem tanta coisa dentro de mim, tanto sentimento, tantos humores, tanto tudo que tá tudo um saco.
Difícil explicar, fico até pesquisando Freud pra ver se ele explica alguma coisa e me dá uma luz.


Parâmetro 1:

Olga Elis, 19 anos, funcionária pública no Detran, mora com o namorado, vê algumas séries, come muita pizza, vai a biblioteca, tem um gato e vai visitar os pais de vez em quando.

Parâmetro 2:

Lola Roschel, 19 anos, trabalha porque tem pagar as faturas de cartão de crédito, em um relacionamento intenso demais, largou a faculdade porque estava confusa, tem crises de pânicos de vez em quando, chora muito, se estressa por qualquer coisa, persegue pessoas e faz coisas para magoar as pessoas que a amam.